A Copa Roca, ressuscitada com o nome de Superclássico das Américas 97 anos após o seu início, foi idealizada por Julio Argentino Roca. Antes de presidir a Argentina duas vezes, o general comandou a chamada "Conquista do Deserto", na qual milhares de índios acabaram mortos ou aprisionados. Considerado um genocida por alguns, ele é visto por outros como pai do estado moderno argentino. Fato é que o personagem foi um dos pioneiros na mistura de futebol e política na América do Sul, receita aperfeiçoada pelos ditadores argentinos e brasileiros nos anos 1970.
"O ex-presidente argentino percebeu nos primórdios da popularização do futebol o sentido e a importância que este esporte tinha para brasileiros e argentinos", diz Lívia Gonçalves Magalhães, formada em história pela Universidade Federal Fluminense e mestre em estudos latino-americanos pela Universidad Nacional de San Martin-ARG com a dissertação: "Treze jogadores em campo. Meios de comunicação, ditaduras militares e Mundiais de futebol no Brasil e na Argentina".
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