Chegamos ao segundo dia do “Dia de Turista” aqui no Brasil Mundial FC com um dos principais palcos da história do futebol: o lendário Wembley, inaugurado em 1923 e que deu lugar ao novo Wembley em 2007.
Por se tratar de um estádio recente, seria obrigatório da nossa parte exigir modernização ao máximo. Posso atestar que durante todo o tour, que durou aproximadamente 1h15 minutos e custou £ 16 (cerca de R$ 45), me senti em outro mundo. De fato eu não estava acostumado com um chamado “cinco estrelas” da Uefa por frequentar o antigo Maracanã e o Engenhão, mas cada detalhe é de impressionar até mesmo os europeus.
Já subimos uma escada rolante – há várias espalhadas – no início da visita. O guia, bem-humorado, pergunta o time de todos os presentes, sempre com um comentário (ele é torcedor do Liverpool). Estamos na entrada das arquibancadas e o que parece é um shopping, com ar-condicionado e um pequeno bar para atender os torcedores. Além de um bonito painel sobre a Copa do Mundo de 1966, vencida pelos ingleses em casa com uma ajudinha da arbitragem.
A vista, como não poderia deixar de ser, é mega impressionante. Cabem 90 mil pessoas no Wembley – todassentadas e a maioria delas sendo poltronas acolchoadas e retráteis. Ficamos por alguns minutos ali, sentados e batendo fotos, antes de descer de nível em escadas.
A próxima área é restrita, mas liberada para quem participa do tour. Estamos em frente à mesa onde Fabio Capello, técnico da Inglaterra, e outros treinadores dão suas entrevistas coletivas. A capacidade para jornalistas é grande e, quem não entender a língua, tem a opção de colocar um fone para ouvir o tradutor, que fica em uma pequena sala acima das cadeiras.
Por dentro do estádio, damos uma pequena volta até chegar aos vestiários. Há de tudo, desde sala de massagem a banheiras para tratamento exclusivo com gelo. Nos guardadores estão as camisas de renomados jogadores de todo o continente. Uma coluna inteira é designada aos astros do Barcelona.

Na área dos mandantes estão todas as camisas da Inglaterra, incluindo lado a lado as de Ferdinand e Terry, que não deverão jogar mais juntos na seleção por conta do episódio de racismo envolvendo o irmão de Rio e o capitão do Chelsea.
De lá vamos para o gramado com uma encenação divertida. O guia divide o grupo como se fossem dois times, liga som e abre as portas. Entramos no campo ao som do hino da Liga dos Campeões. É uma cena marcante.
Caminhamos ao redor, passando pelas respectivas áreas técnicas, e subimos até as tribunas. Depois de outra sessão de fotos, o guia volta a tomar a palavra para contar sobre a acústica do estádio. É fácil de explicar: acima das arquibancadas há uma parede de vidro que contorna todo o estádio, mantendo a circulação do som. Testamos com um grito de “Hello, Wembley” (Olá), que ecoa perfeitamente. Imaginem com lotação máxima…
Em seguida tiramos uma foto produzida pela equipe do estádio com a taça da FA Cup e o estádio ao fundo. Nesse único momento é proibido utilizarmos as nossas máquinas. E, claro, se gostarmos, temos de comprar na saída.
A (inesquecível) visita termina com um pequeno museu da Liga dos Campeões. Há camisas autografadas, bolas assinadas, flâmulas, tudo personalizado das respectivas finais. A última, vencida pelo Barcelona contra o Manchester United, no próprio Wembley, está em destaque, acompanhada de um painel com uma foto do estádio no dia da decisão. Não podemos esquecer da loja, situada ao lado da bilheteria, um andar abaixo, que também tem boas opções para agradar a família e amigos com lembranças. Conjunto completo.